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11 de abril de 2011

BEIJA-FLOR


Pousa, beija-flor, pousa.
Vem aqui e adoça a minha boca.
Me beija!

Me beija daquele jeito profundo e malandro,
De quem é dono de si
E não corre o risco de se apaixonar.

Tua experiência corre como um rio
E é velha como o mundo.
Vejo em teus olhos todos os risos e promessas,
Todos os planos, desenganos e dores.
As estradas e os caminhos que ainda estão pôr vir.

É... beija-flor é assim mesmo. Aventureiro, despojado e atrevido.
E mesmo quando a mata escurece e a noite cai...
E mesmo se o "Grande Vento" vier...
Tuas marcas não consegue apagar.
Deve ser porque o teu canto é assim: frio, distante e misterioso.
Sempre deixa um "quê" de suspeito no ar.
Sempre fica um frio na barriga.
Talvez o medo de você nunca mais voltar.

Sabe, é que já me acostumei com o teu pio
E com teu jeito doce de me acordar.
Por isso, sempre fica em mim um pouco de você.

O eco das tuas risadas.
O brilho dos teus olhos.
Teu toque na minha pele.
O hálito gostoso de tequila.
As coisas que você sussurra em meus ouvidos.

Acho que a culpada de tudo foi sua boca. Foi nela que me perdi.

Pousa, beija-flor, pousa.
Bem aqui na minha flor.
Adoça a minha triste vida.

Não te esqueças que tenho alma de menina
E ainda ando de pés descalços no chão.
Levas em consideração de que sou louca.
Aquela... que um dia amanheceu assim,
Apaixonada por um beija-flor.

E quando a noite de novo cair, silenciosa, sem cantos,
Sentirei saudades de você e da tua linda plumagem azul.

Georgete Reis

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Georgete Reis