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31 de março de 2012

DIAS MELHORES VIRÃO

Tem dias que tudo dá errado. Você acorda e acabou o pó de café e quando tenta escovar os dentes, cadê a pasta? É... Se foi também. Só fica aquele tubinho horrível todo esmagadinho. Um saco! Você respira fundo e pensa: Ah! Pouca coisa.
  Abre a porta para lavar o quintal e leva um tombo daqueles. Dói tudo. Até a alma. Solta um palavrão, outro e mais outro. Sei lá, alivia. Não sei o porquê não me perguntem, mas um bom palavrão nessas horas é permitido e digo mais fundamental. Respira fundo de novo, estufa o peito e vai tomar um dorflex para amenizar a dor. Pronto! Mais uma pequena batalha vencida.
      Resignada tenta não pensar no corpo moído, nas contas atrasadas, no telefone que vão cortar, no marido que está doente, no cachorro que solidário está em depressão, na prima que está muito triste, na irmã que não vê a um bom tempo, no padrasto que está velho e muito doente, na mãe que envelhece com tantas dores que com carinho guardou no coração. As dores de seus filhos e netos, do próximo, do primeiro marido e do segundo e as suas próprias mazelas. É... A minha mãe é assim. Uma mãe de verdade. Única. Alguém que faz falta. Protege. 
A "mentirologia" diz que o meu ânimo vai mudar para a amanhã. As previsões são favoráveis. Nada de tombos, a pasta de dente e o café eu já comprei, e, espertamente, trouxe um osso enorme para o Fantasma ficar um pouco mais alegrinho. Pelo menos por um tempo. E a vida continua. Esperar outro dia e vê o que ele vai trazer: de bom ou de ruim. O negócio é bater no peito e prosseguir.
  Levante-se! Limpe as feridas e pense em novas soluções para o seu problema, e siga adiante. Não adianta se esconder da vida porque ela vai de encontro a você feito um vendaval. É preciso estar prevenido para correr atrás do seu destino com coragem, garra e alegria. Não temos tempo para lamentar, a vida passa muito rápida. Num piscar de olhos envelhecemos e não podemos fazer mais nada.
  O dia está lindo! O sol ameno, risadas de crianças na rua, fundos musicais diversos circulando pelo ar. Moro em um condomínio. Muita gente junta. Diversidade rolando à solta. A janela está aberta e olho o céu. Azul. Amanhã é outro dia e bola pra frente que não dá para viver de tristezas. O segredo é sentir a dor... e depois... deixar ela ir. Vá com Deus, amiga ingrata, que nascemos para sermos felizes.


Beijos,

Déia



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Georgete Reis