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16 de março de 2012

PRESENTE DE ANIVERSÁRIO - Um poema

Era uma vez... 

     Uma fadinha menina que não conheci. Nunca brincamos de amarelinha juntas e nem fizemos comidinhas saborosas para nossas bonecas. Não sonhamos juntas, de olhos vidrados, com príncipes encantados e nem brincamos de médico com o garoto mais bonito da vizinhança. Que lástima!
Aí veio a adolescência e não tivemos o privilégio de chorarmos no ombro uma da outra, quando nossos corações foram despedaçados pelo cupido ou quando nos sentíamos incompreendidas por nossos pais. Coisas de “aborrecentes”. Ô fase complicada! Tumultuada em que os problemas parecem que vão nos engolir e não temos força para caminharmos sozinhas, rumo ao horizonte da felicidade, porque a desilusão flechou o coração. Que pena! Queria tanto ter podido emprestar meu abraço de urso para que ela se sentisse renovada. Não deu.
A mocinha sapeca casou-se e teve dois filhos lindos: Diego e Yoha. Infelizmente, também não pude presenciar esses momentos tão significativos na vida de uma mulher. Não pude embalar os sobrinhos de coração no momento em que deram o primeiro berro e respiraram o sentido da vida. É... Não fiz nenhuma roupinha de tricô para aquecê-los no inverno e nem salpiquei beijos estalados, melados e barulhentos em suas bochechas rosadas. Perdi uma coisa importante. Mas a vida é assim, às vezes, fragmentada. 
Algumas pessoas podem até acreditar que conhecia a Darlene tarde demais. Que o nosso tempo de construir um relacionamento verdadeiro, duradouro e significativo, passou, como passam os grandes temporais ou os inesquecíveis romances. Deixando só ruínas para trás.  Não! Não foi isso que aconteceu!
A gente re-conhece a família espiritual no momento designado por Deus. No instante certo você pode ir a uma festa, e, abracadabra, lá está a sua irmã de todas as vidas. Não se espante se ela tiver com um limão entre os dentes, a mão cheia de sal, e uma garrafa de tequila para brindar esse encontro. Essa pessoa especial sempre pressente quando você vai chegar.  Os espíritos afins são intuitivos. 


O que importa é o que estamos construindo AGORA. O que vale é que já temos uma história “nossa” para contar para alguém, que esteja interessado em contos que falem de amor, amizade, dedicação, alegria, fé e esperança. Já vi o sol nascer e se por ao lado dela. Tem coisa mais linda!  Gostaria de dizer que nunca enxuguei uma lágrima dela, mas é mentira. A gente, na maioria das vezes, chora sem chorar. Já estive em momentos assim.
Ufaaa! Ah!!! O que vale mesmo é saber que a nossa amizade é para SEMPRE e que podemos ser “nós mesmas”, sem medos, quando estamos juntas. O resto, ainda vamos descobrir. Juntas, é claro!




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Georgete Reis