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11 de maio de 2012

SONHOS


Os sonhos mudam. À medida que vamos avançando ou retrocedendo na vida, processos inerentes à raça humana, os altos e baixos, os valores mudam e os desejos também. Quando eu era pequena queria apenas ser feliz, ler livros, brincar com meus irmãos, ir a um teatro ou passear no calçadão de Copacabana, com minha Tia.Gostava muito de fingir que era professora ou dona de casa. É... naquele tempo, os sonhos das donzelas estavam intrinsecamente ligados ao sucesso de um bom casamento. Ter filhos, uma boa casa arrumadinha e viver a vida só para a família.

Completei 15 anos, moradora do Méier, em um grande condomínio cheio de belos rapazes... Ah! Que tempos bons! O que eu desejava agora era namorar, beijar na boca, festa de 15 anos, dançar ao som do Peter Frampton e desfilar com o gatinho mais bonito da vila. Ainda não experimentara o meu primeiro beijo e nunca tivera uma paquera. Era muito gordinha para a época ou pelo menos acreditava que era. O que dá no mesmo.


Cheguei aos trinta num piscar de olhos e as preocupações resumiam-se ao trabalho. Vivia para trabalhar. Chegava tarde em casa e cansada e mal tinha tempo para o marido e o cachorro. Não valeu à pena. Nada vale mais do que o tempo que você passa com as pessoas que te amam verdadeiramente. Lição aprendida.

Os sonhos mudam. O que desejo agora é terminar a faculdade, fazer uma pós-graduação e depois um mestrado. Estou desempregada, mas otimista que uma oportunidade vai aparecer, no momento certo, porque estou batalhando para isso. O sucesso é só o resultado do meu esforço.

É... Com cinquenta anos aprendi que recomeçar é sempre muito bom. Saímos da mesmice e ousamos a fazer algo novo, estimulador, diferente. Como já dizia o poeta: " A vida é um eterno recomeço.".

Déia Reis

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Georgete Reis